Boys, Media and Masculinities in the US in the Me Too Moment
A 18 de Outubro de 2019, o DeCode/M recebeu Gary Barker, CEO e Fundador do Promundo-US e membro da equipa DeCode/M, no âmbito do evento “Boys, Media and Masculinities in the US in the MeToo Moment”. Durante o evento, que foi realizado no CES-Alta e moderado por Sofia José Santos, Gary Barker apresentou alguns dos resultados mais recentes da investigação do Promundo sobre os impactos que os media têm no desenvolvimento das masculinidades de rapazes e meninos, e algumas das conclusões da investigação sobre a forma como as identidades masculinas de rapazes e homens estão a ser influenciadas no contexto do movimento #MeToo.
Apresentação do evento:
O #MeToo e a atenção global aos direitos das mulheres e ao empoderamento feminino têm-se disseminado desde os EUA e a Europa até à América Latina, ao Sudeste Asiático e ao Afeganistão. O Promundo tem conduzido investigação em diversos países sobre as atitudes de homens jovens no que diz respeito às masculinidades, incluindo os seus estudos da “Man Box” levados a cabo nos EUA, Reino Unido, México e noutros locais.
As descobertas confirmam que: a maior parte dos homens jovens está de acordo com a igualdade de género, mas não sabe como praticá-la ou não se preocupa em falar sobre ela; outros estão a regressar para dentro da “Man Box”, uma vez que vêem o feminismo como uma ameaça, particularmente no caso dos jovens preocupados com as suas perspetivas económicas; e outros estão simplesmente confusos, encontrando-se rodeados de mensagens sexistas ao mesmo tempo que de mensagens progressistas.
Nesta apresentação, Barker apresentou algumas das descobertas centrais desta investigação – demonstrando as formas dinâmicas, situacionais e específicas em que homens jovens estão a reagir a estas mudanças. Partilhou também descobertas dos focus groups recentes com rapazes dos 8 aos 13 anos nos EUA, e descobertas preliminares de uma análise de masculinidades de 25 dos programas de televisão mais vistos e transmitidos entre rapazes dos 8 aos 13 anos nos EUA. Estas descobertas revelam que, enquanto os rapazes estão a ver muitas imagens de mulheres empoderadas e iguais, e demonstram ideias mais fluidas sobre masculinidade, há uma falta de diversidade étnica e uma contínua (re)presentação da masculinidade como inerentemente violenta.