Masculinidades e a crise ambiental e climática
Artigo de opinião escrito por Carlota Houart a 22 de setembro de 2020 para o Jornal Mundus, como parte da rubrica Pangeia, sobre a relação entre determinados tipos de masculinidade e a crise ambiental e climática.
“Recentemente, temos vindo a assistir a um aumento do número de artigos (mediáticos e científicos) que sugerem ou afirmam a existência de uma relação entre a crise ambiental e climática e as questões de género, com enfoque particular nos homens e nas masculinidades. Nos últimos dois ou três anos, diferentes peças nos media online têm vindo a fazer perguntas como: por que razão é que, estatisticamente, as mulheres reciclam mais e têm mais comportamentos ecológicos do que os homens? Porque é que o comportamento ecologicamente responsável é visto como mais “feminino” ou até como “efeminado”? Porque é que parece haver uma maior proporção de homens do que de mulheres entre os negacionistas climáticos? Por que motivo é que algumas ativistas climáticas como Greta Thunberg (mas não só) foram ou são recorrentemente o alvo de ataques misóginos perpetrados por homens nas redes sociais e na imprensa? Algumas destas peças começam, nomeadamente, a utilizar conceitos que tiveram origem no mundo académico, como “masculinidade frágil” ou “masculinidade tóxica”, que têm sido adotados em investigações e artigos relativamente recentes para explorar, pouco a pouco, as ligações aparentemente cada vez mais inegáveis entre aquilo que são as questões ambientais ou ecológicas e as questões de género.”
Link para o artigo aqui.